Monday, June 4, 2007

George Bush passa dos limites

Além de cheiro de dinheiro e petróleo, a política de George Bush tem cheiro de naftalina. Como no seriado Dallas, assistimos à volta do poder pretolífero, a reprise da Guerra do Golfo, a insistência em não assinar o protocolo de Kyoto e em breve, os James Bond poderão ter os russos de volta no papel de malvados.

Os mais recentes tratados de não proliferação de armas virarão letra morta, assim que completarem dez anos. Poderemos então tirar das prateleiras, aqueles livros de relações internacionais empoeirados, que explicam os princípios de MAD – Mutually Assured Destruction - da corrida armamentista, da cortina de ferro... Os editores só precisarão incluir Guantánamo no capítulo sobre Cuba, ao lado da Crise da Baía dos Porcos.

Nessa semana, Putin esbravejou sobre a invenção Bushiana de colocar mísseis na República Tcheca. Apesar de não concordar com quase nada que o presidente russo faça, creio que nesse caso, faria o mesmo. Que provocação! E logo na República Tcheca, vista pela Rússia como antiga província rebelde.

Essa provocação leva as relações Rússia-EUA a um novo ápice de tensão. O governo Bush passou dos limites. Um absurdo desses seria motivo para impeachment na maioria dos países desenvolvidos do mundo. No entanto, depois de uma leitura da imprensa americana na internet, vejo que a notícia nem fez borbolhas.

A visita de Bush à Europa e o anúncio do intuito de colocar 10 mísseis anti-ataque “iraniano” na República Tcheca veio logo depois da “descoberta” de um complô para destruir o aeroporto JFK em Nova Yorque. Mais uma vez, o governo usa a tática do medo, eficaz desde os atentados de 11/9/01.

Se não fosse tão trágico, seria hilário.

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